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Moradora do Alemão aposta nos famosos ovos de colher personalizados para vendas de Páscoa

Deixando a vida dos clientes mais açucarada, Thaisa Silva Nascimento, de 27 anos, produz com cuidado os mais de 100 pedidos que recebe para a data
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades

No mundo dos empreendimentos, as datas comemorativas representam uma “correria” na rotina dos negócios locais pelo crescimento do número de pedidos e demandas. E, com a Páscoa chegando na próxima semana, 17 de abril, o telefone da confeiteira Thaisa Silva Nascimento, mais conhecida como Thatha, não para de tocar. Moradora do Complexo do Alemão, a empreededora prepara bolos e brigadeiros personalizados diariamente. Entretanto, nesse período em específico, a doceira é responsável pela alta produção de ovos de colher (uma das tendências de chocolate).

Formada desde 2014 em confeitaria, Thaisa começou a carreira de doceira com 19 anos. Atialmente, com 27 e graduada em Gastronomia, ela tem o seu próprio atelier de confeitaria para preparar os pedidos de diversos tipos de doces que recebe. “Na minha cozinha, o cuidado é o segredo de tudo. Faço ovos de Páscoa, chocolates recheados, caseiros e tudo mais”, comenta.

Foto: Selma Souza/Voz das Comunidades
Com atelier próprio, Thata produz doces diariamente no Alemão.
Foto: Selma Souza/Voz das Comunidades

No espaço construído por seu pai, a doceira atende demandas do Complexo do Alemão e de locais distantes da comunidade, como Copacabana e Barra da Tijuca. Segundo ela, as divulgações do seu trabalho foram acontecendo de forma natural e da maneira mais antiga: de boca em boca. Com a alta requisição local, o seu contato circulou entre as pessoas.

“Então, aqui quem faz tudo sou eu. Os pedidos, a comunicação e a divulgação, né? Porém, esse último, contei com a ajuda do tradicional “de boca em boca” lá no início. Tudo começou com um pedido de amigos, que indicaram para outros conhecidos e assim foi indo. Hoje em dia, nas datas festivas, como a Páscoa, a demanda é direcionada, em sua maioria, para as empresas que prestigiam os serviços dos funcionários e de família”, explica.

Diferente da maioria dos empreendimentos, Thaisa revela que a pandemia do coronavírus não dificultou o seu rendimento. De acordo com ela, os pedidos até aumentaram pelo contexto que as pessoas estavam há dois anos. “A pandemia deixou as pessoas trancadas em casa e, com isso, os pedidos de doces também aumentou”.

Foto: Selma Souza/Voz das Comunidades
Nesse período de páscoa, os pedidos já passaram de 100.
Foto: Selma Souza/Voz das Comunidades

Com preços que variam entre 50 a 70 reais, a confeitaria Thata não disponibiliza tele-entrega, fator que não prejudica o funcionamento, segundo ela. Para essa próxima Páscoa, a doceira do alemão já preparou mais de 100 pedidos manualmente para adoçar o feriado na casa dos clientes. “Tudo feito com cuidado!”, exclama.

Para solicitar as doçuras realizadas na confeitaria da Thatha, basta entrar em contato com ela através da rede social da loja (https://www.instagram.com/thaisanascimentoatelie/) ou pelo WhatsApp.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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