Um passo seguro na escada e na vida: o impacto do saneamento nas favelas cariocas

Águas do Rio avança com infraestrutura em comunidades e fortalece inclusão social com ações de saúde e dignidade
Foto: Arquivo / Águas do Rio

Quem vive no Borel, na Tijuca, ou no Tuiuti, em São Cristóvão, sabe bem o que é driblar o esgoto a céu aberto nas vielas do morro. Mas essa realidade começou a mudar para valer. Com obras e melhorias, cerca de 700 moradores dessas duas comunidades da Zona Norte do Rio agora respiram aliviados — literalmente. Onde antes havia mau cheiro, riscos à saúde e dificuldades para circular, hoje há mais dignidade, segurança e qualidade de vida.

No Borel, a escadaria que antes era tomada por uma “cachoeira de esgoto” agora está limpa e segura, graças às obras da Águas do Rio que beneficiaram diretamente mais de 200 pessoas. Já no Tuiuti, na Rua Luiz Gonzaga, outros 500 moradores comemoram o fim do despejo de milhões de litros de esgoto por mês a céu aberto. As intervenções da Águas do Rio têm impactos que vão além do conforto no dia a dia: são uma questão de saúde pública. Segundo o Instituto Trata Brasil, em 2024, a falta de saneamento básico no país foi responsável por mais de 340 mil internações e cerca de 11,5 mil mortes. Esses dados reforçam a urgência dessas obras.

Robson Rodrigo dos Santos é morador do Borel e lembra bem do sufoco que ele e vizinhos passavam: “Antes, o esgoto vazava pela escada toda. Era perigoso e muito ruim para quem tem criança, pois toda hora alguém caía ali. O cheiro também era insuportável.”

Robson Rodrigo, morador Foto: Arquivo / Águas do Rio

Mas a chegada da Águas do Rio mudou essa história. Com um investimento significativo em saneamento básico nas favelas cariocas, a concessionária levou dignidade e segurança para mais de 200 moradores do Borel. Ao todo, foram construídos mais de 40 metros de rede, que eliminaram os extravasamentos e garantiram uma mudança expressiva no ambiente.

“Depois da obra, aqui ficou maravilhoso! Agora podemos descer sem medo de cair e sem a preocupação de nos sujarmos naquela água imunda. E o mau cheiro, que atrapalhava demais, sumiu”, afirmou Robson.

Moradora e presidente da Associação de Moradores do Borel, Ana Paula de Jesus é cria da comunidade e cresceu testemunhando toda a sua família e amigos sofrerem com o problema do esgoto a céu aberto. A relação de confiança e parceria com a concessionária se deu com o tempo, ao testemunhar as constantes melhorias que a empresa fazia na localidade. “A Águas do Rio faz um ótimo trabalho. Toda vez que eu entro em contato, eles respondem prontamente. As demandas são sempre atendidas, então agradeço muito pela troca.”

Ana Paula, moradora e presidente da Associação de moradores do Borel

Uma mudança que se espalha

Enquanto isso, no Tuiuti, outros 40 metros de rede foram implantados, evitando que cerca de dois milhões de litros de esgoto fossem despejados mensalmente a céu aberto.

As intervenções se somam aos esforços da concessionária, que segue trabalhando para mudar a realidade das comunidades cariocas. Somente em 2024, a Águas do Rio implementou mais de três mil metros de rede de esgoto e mais de quatro mil metros de rede de água tratada nessas regiões. Esse avanço está alinhado ao Marco Legal do Saneamento, que estabelece a meta de, até 2033, garantir que 99% da população brasileira tenha acesso à água potável e 90% à coleta e tratamento de esgoto. Nos 27 municípios do estado atendidos pela empresa, a previsão é que esses índices sejam atingidos até o prazo estipulado, com foco especial nas áreas mais vulneráveis.

Renan Mendonça, diretor-executivo da Águas do Rio, destaca a importância do trabalho contínuo: “Nossa missão é garantir que os moradores de comunidades tenham acesso à água tratada e ao saneamento básico. Esses serviços são fundamentais para melhorar a qualidade de vida e proporcionar dignidade a milhares de famílias que antes viviam em condições precárias. Mais do que infraestrutura, o saneamento básico é uma forma de inclusão social e um caminho para reduzir desigualdades e construir um futuro mais saudável e justo para as favelas do Rio de Janeiro”.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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