Nas prateleiras de lojas, entre os vendedores ambulantes e nas mãos de crianças, as arminhas de gel se tornaram uma febre. Com aparência semelhante a armas reais, as de gel disparam pequenas bolinhas d’água e têm gerado preocupações devido aos riscos associados ao seu uso, especialmente quando não são manipuladas corretamente.
O objeto já é proibido para menores de idade pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), uma vez que esses itens não podem receber selo de conformidade, pois não são considerados brinquedos.

Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades
Elaine Moura, mora no Alemão e mãe de três filhos, considera as arminhas como uma brincadeira. “Acho maneiro para ele brincar, o problema é que tem gente que não sabe brincar”, afirmou. Para ela, o objeto não representa risco quando utilizado da forma correta.
Por outro lado, Cintia de Souza, moradora do Alemão, mãe de três crianças, é totalmente contra. “Não compraria nem deixaria brincar com quem tá brincando, acho confuso… ficam brincando de noite, dentro da comunidade, a polícia pode confundir”, declarou.
Michele Lima, moradora do Complexo da Penha, tem duas filhas, de nove e 22 anos. “Não compraria uma arminha de gel para minha filha. Na minha opinião isso é incentivar a criança a gostar do errado”, disse.
Viviane dos Santos, pedagoga, compartilha a mesma visão. “Essas arminhas acabam estimulando a violência. Mesmo que seja só uma brincadeira, incentiva o uso de armas e a agressividade“, argumentou.

A Polícia Militar do RJ alerta para os riscos das “arminhas de gel” e orienta agentes sobre abordagens cautelosas. A Associação Brasileira de Oftalmologia destaca o perigo de graves lesões oculares e recomenda o uso de óculos de proteção. A Alerj aprovou uma emenda proibindo a fabricação, venda e uso desses brinquedos no estado, aguardando sanção do governador.