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O trabalhador e os desafios para manter um hábito de leitura

Foto: Foto: Alexandre Macieira | Riotur

Por Matheus Ramos e Thayan Mina

Excesso de trabalho, jornada dupla e cansaço. Essas são as principais reclamações dos trabalhadores brasileiros que não conseguem manter o hábito de leitura, e dessa maneira tem dificuldades de escrita,e  possuem vocabulário mais limitado. A 5ª edição da pesquisa Retratos da Leitura, realizada pelo Instituto Pró-Livro (IPL) lançada em 2020, revela que 48% da população brasileira não tem hábito de ler.

Os dados mostram que 47% dos entrevistados culpam a falta de tempo como um dos principais vilões. Nascida na comunidade do Para Pedro, a pedagoga Andreia Araújo, 41, possui 7 especializações na área, ela analisou a pesquisa, e concorda que o impacto do trabalho na leitura é evidente. 

“O excesso de trabalho impacta negativamente no desenvolvimento do hábito da leitura. Porque as pessoas acabam se sobrecarregando de muitas atividades por conta dos seus trabalhos e com isso elas acabam deixando de lado esse movimento de estar lendo, de estar ampliando seu vocabulário, de uma boa escrita. As pessoas acabam adquirindo dificuldade de escrita por conta da falta desse hábito da leitura”, disse.

Para a pedagoga, o principal desafio de inserir a leitura na rotina de um trabalhador, é o cansaço. “Quando é só físico, a gente tem essa questão de descansar, sentar por 5, 10 minutos. Mas quando o cansaço é mental, quando afeta esse psicológico, é muito sério”, diz Andreia.

A especialista também aponta que o celular e as redes sociais impactam negativamente nesse processo, além das longas distâncias, já que segundo ela é um “desafio de ler no transporte público, porque muitas vezes você não consegue sentar para fazer essa leitura com mais clareza”.  E completa: “A jornada de trabalho muito grande faz com que no fim do dia o trabalhador só queira o descanso”.

Andreia explica que o tipo de trabalho também pode influenciar no hábito de leitura das pessoas pelas rotinas exaustivas que são recorrentes nos últimos anos. O profissional acaba deixando a leitura de lado para se dedicar, para se qualificar, ou até mesmo exercer a sua função profissional, de forma qualitativa.
“Você acaba muitas vezes deixando de lado um tempo de família, um tempo de leitura, um tempo para si, por só tentar se dedicar ao trabalho, então acredito que, acredito. Tipo de trabalho pode influenciar assim? É porque realmente as influências do tempo, as influências que esse tipo de trabalho pode exercer na vida da pessoa faz com que ela realmente não desenvolva e não tenha o hábito de leitura”, explicou.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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