Data Favela inicia maior mapeamento da história das favelas brasileiras com apoio da CUFA

Mais de 10 mil pessoas vão levantar dados sobre hábitos, desafios e potências de moradores das favelas entre os dias 4 e 6 de julho
Foto: Divulgação

Entre os dias 4 e 6 de julho, acontece o maior levantamento já feito sobre as favelas brasileiras. A ação é coordenada pelo Data Favela, instituto criado por Celso Athayde e Renato Meireles, em parceria com a CUFA (Central Única das Favelas), e vai mobilizar mais de 10 mil pessoas em todo o país para coletar dados diretamente nas comunidades.

O objetivo da pesquisa é entender os hábitos, comportamentos, necessidades e desejos da população que vive nas favelas, gerando informações estratégicas que possam influenciar políticas públicas, ações sociais e projetos de desenvolvimento até o final de 2025. Serão ouvidas pessoas de todos os estados, em capitais, periferias e territórios invisibilizados.

Essa pesquisa não é só sobre números. É sobre identidade, representatividade e poder. É a favela produzindo seus próprios dados para transformar realidades”, destaca Celso Athayde. Já Renato Meireles reforça: “Fazer uma pesquisa com tanta gente é sempre um desafio, mas a CUFA tem experiência e credibilidade. Vamos estar com profissionais supervisionando tudo de perto.”

No Rio de Janeiro, a ação será liderada por Wellington Galdino, diretor da CUFA-RJ, e vai abranger cerca de 330 favelas em mais de 26 municípios. “Essa pesquisa vai revelar quem somos, o que precisamos e o que podemos conquistar. É a oportunidade de mostrar a potência das favelas do Rio para o Brasil inteiro”, afirma Galdino.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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